Slightly Insane.

CAPITULO I


Mais um dia comum na pequena cidade de Greenville.
Amanda, uma pequena rapariga de 17 anos de cabelos escuros e compridos, de olhos castanhos esverdiados, de pele clara como o dia.
Esta vivera toda a sua vida nessa pacata cidade com a sua mãe Caroline, seu pai Peter e seus irmãos Josh (de 14 anos) , Thomas (de 19) e Andrea (de 1 ano e meio).
Frequentava o 11º ano da escola mais monotona que já alguma vez existiu e era mesmo disso que Amanda se queixava.
Amanda passava a vida com a sua melhor amiga que conhecia... bem, que a conhecia desde que nasceu.
Catarine, ou Cate era basicamente o muro das lamentaçoes de Amanda.

- Aiii Cate, nunca acontece nada aqui, um dia morremos todos de tanta monotonia - dizia Amanda com a cara mais aborrecida que já alguma vez alguem viu. - Conhecemos toda a gente, conhecemos tudo, nunca acontece nada! O acontecimento mais interessante que já aconteceu aqui foi a morte da dona Anne o ano passado.
- Coitada da senhora * completando o seu desenho * nos meus 17 anos de sobrevivencia nunca vi ninguem se envenenar sem querer, era tao nova...
- NOVA? Tinha 50 e tal anos, já estava na altura de vir dar o seu lugar a outros!
- És tão má Amanda! - disse Cate indignada.
- Essa senhora sempre foi tao misteriosa, nunca teve visitas, nunca soubemos de nenhum parente apenas se via ela à janela, não falava com ninguém e olhava sempre com aquele olhar vazio que provocava arrepios a quem era observado.
- AMANDA! Sao 15:05 ENTRAMOS DAQUI A 10 MINUTOS! * agarrando na mala * 
- CORRE CATE! * saindo disparada *  

Ao chegarem à escola (15 minutos atrasadas) foram postas de castigo no corredor.
Amanda vê um misterioso rapaz de cabelos loiros e olhos negros a ir em direcçao à secretaria.

- Quem é aquele? * pondo-se em bicos de pés para tentar ver melhor * Será um aluno novo? - perguntou Amanda
- Se calhar.
- Meninas podem entrar - diz a professora Broke.
- Professora, quem é aquele rapaz? - questiona Amanda.
- Amanda entra, deixa-te de cusquices, Cate tu também, entrem rapidamente.

Acabando o dia de aulas Amanda enquanto ia com Cate para casa não parava de pensar no misterioso rapaz.

- Estás muito calada, que tens? * mastigando o seu pao com um ar esfomeado * Sentes-te bem Amanda?
- Ahh, sim, estava a pensar naquele rapaz. * tirando as chaves de casa do bolso * Até amanha.
- Até amanha.

Amanda espreita para a casa da falecida dona Anne e repara que as luzes estão acesas.
Num acto de coragem misturado com uma curiosidade espantosa Amanda sai de casa com a sua fiel lanterna e vai bater à porta.
Uma rapariga loira de olhos escuros abre a porta.

- Hum, olá, eu sou a Amanda Flin daquela casa ali. *apontando* 
- Olá, compreendo a tua curiosidade *sorrindo levemente* sou a Sarah Dark, filha da dona Anne, a falecida proprietaria desta casa. Eu vim com o meu irmão Spencer. Brevemente ele será teu vizinho.
- Ahhh, prazer. - disse Amanda envergonhada - E a senhora vai ficar durante muito tempo ?
- Vou-me embora hoje mesmo, aliás, estou de saida.
- Peço desculpa, boa viagem. * sorrindo e virando costas *
( que rapariga estranha, tão doce e ao mesmo tempo tão fria, nunca a tinha visto * mexendo no cabelo * nem no funeral veio qualquer parente daquela velha misteriosa, oh enfim, vou para casa que está na hora de ligar ao Bén. )

Ben era um apaixonado que Amanda tinha, nunca sentira nada de mais por este mas este jamais desistira dela, chegaram a namorar mas Amanda decidiu que não estava preparada para uma relação, nessa altura, e permaneceram amigos. Bén aceitava tudo o que Amanda dizia, fazia qualquer coisa por ela.

- Bén nem sabes quem tá cá!
- Quem?
- Os filhos daquela velha sinistra que morreu o ano passado.
- A sério?
- Juro.
- blá blá blá ...
- Amanda que tens? - pergunta Bén
- Aquela casa  é... é tão assustadora parece que tem sempre alguém à janela. É horrivel.
- Ahahahah deixa-te de coisas, vai dormir que o teu mal é sono Amanda.
- Oh a sério.
- Então amanha eu, a Cate e o Rob sempre vamos acampar ai ao pé da tua casa.
- Sim, até amanha Bén.
- Que despacho, até amanha beijo Amanda gosto muito de...
- bip, bip, bip - chamada finalizada
- ... Ti ...

Na noite seguinte, os 4 amigos foram acampar no quintal de Amanda.

- Está frio. - reclama Amanda. - Tenho fome.
- Já vamos comer - responde Rob - deixa te de queixas.
- Cala-te Rob!
- Cala-te tu Amanda!
- Vê lá se não queres ...

Entretanto ouve-se um grito de agonia.
- Que foi aquilo?
- Se calhar foi a tua mae Amanda.
- Não é a minha mae idiota! Veio da velha casa da dona Anne.

Ben levanta-se.
- Vou ver.
- Deixa-te de coisas meu, senta-te.
- Não Rob, quero ir ver.
- Está escuro e aquela casa é so mato e arvores. - diz Rob apavorado - Meu não deve ter sido nada, pode ter sido apenas o gato da dona Norris.
- Não vás Ben - pede Amanda.
- Está bem pronto.

Depois de comerem, Amanda e Cate dirigem-se a uma tenda e os rapazes a outra.
- Boa noite. - diz Ben.
- Boa noite! - responde Amanda.
- Até amanha. - acrescenta Cate
- EPA CALEM-SE, tenho sono - reclama Rob.

Bén levanta-se cuidadosamente consumido pela curiosidade e pelo espirito de aventura, e segue rumo à casa de dona Anne.
Espreita pela janela e de repente aparece uma cara totalmente desfigurada cheia de sangue.
Com o susto desequilibra-se e cai, batendo com a cabeça e perdendo os sentidos.



CAPITULO II



Assim que Rob acorda, sai da tenda à procura de Bén.

- Bén?! Bééééén ?! Onde estás meu? *batendo com o pé na tenda das raparigas* Acordem vocês também suas belas adormecidas de um raio! BEEEEEEEEEENNNNNN! - gritava Rob com uma certa angustia.
- Que se passa pá? - perguntava Amanda toda rabugenta.
- O Bén, não sei dele! Será que algum monstro o levou? *tremendo*
- Deixa de ser parvo! *levanta-se acorda Cate, ajeita a roupa*
- BÉNNN?! - Gritava Amanda já ligeiramente assustada.
- Aquiiiiii! - Respondeu Bén em agonia. - Aqui ao pé da casa da velha.

Amanda, Rob e Cate correm em seu auxilio.

- Ben! Estás a sangrar! - Disse Cate.
- Foi alguem que te trouxe aqui! Um monstro foi? - dizia Rob tremendo por todos os lado.
- Quem me trouxe fui eu *apoiando-se em Amanda* mas o que vi, nem eu consigo explicar.
- Que viste tu? - pergunta Amanda. - Alias que vieste tu aqui fazer Ben?! Pedi-te que não viesses.
- Desculpa Amanda, vá não faças essa cara, não te chateies. Eu vi... eu vi ... 

( procurando relembrar-se do que tinha visto quando um flashback da mulher desfigurada e ensaguentada aparece derepente fazendo Bén perder as forças nas pernas )

Depois de explicar tudo aos amigos, Bén foi levado ao centro de saude e levado a casa para repousar.

** inicio do pensamento de Amanda **

 O Bén parecia mesmo assustado, não sei bem se hei-de acreditar no que ele diz, ele levou uma pancada séria, Cate concorda comigo e também não acredita... Já Rob está apavorado, mas esse assusta-se com pouco.
Espreitei também para dentro de casa e nem gota de sangue vi, coitado de Bén...
Gostava de poder ajuda-lo mas...

(campainha)

A campainha!
** fim do pensamento de Amanda **

Amanda abre a porta...

- Olá, o meu nome é Spencer Dark e ...
- És o filho da dona Anne que vive em sua casa. - Amanda fica perplexa olhando para Spencer.
- Exacto, creio que isto te pertence. *mostrando uma pulseira*
- Hum, erm, sim é minha. - disse Amanda envergonhada.
- Vou ser da tua turma Amanda. - diz Spencer sorrindo misteriosamente. - Bem tenho que ir até amanha então colega! *virando costas*

Amanda sem qualquer som fecha a porta cuidadosamente.

** pensamento de Amanda **
OMG QUE MIUDO LINDO!
E VAI SER DA MINHA TURMA!

Seu pensamento é interrompido por um grito de sua mãe.
- AMANDA FLIN! TELEFONE!
- Não é preciso gritar !
- Eu ouvi isso Amanda!
- Nhanhanha sempre a mesma coisa peixeira de um raio ... Estou?
- Amanda sou eu, o Spencer sei que ainda agora estive ai mas esqueci-me de te pedir e como a tua mãe passou cá por casa e deixou o nº de vossa casa caso eu precisasse de algo...
- (quase sem respiraçao e gaguejando um pouco) Ah, erm, sim, que precisas?
- Dos teus apontamentos.
- Queres que os leve?
- Se não te importares, amanha devolvo-tos.
- Sem problema, já ai passo.
- Ok.
- chamada terminada -

** pensamento de Amanda **
Nao sei que vestir, nao sei que levar, nao posso ir de uma maneira qualquer
** fim de pensamento **

Rapidamente veste um vestido e segue atolhada de cadernos.
Bate à porta suavemente e ouve o eco percorrer aquela casa imensa.
Spencer abre a porta e sem mais demoras agarra nos cadernos, fixa Amanda e sem qualquer vergonha
beija-a apaixonadamente sem que esta tivesse qualquer tipo de reacção...
De repente, um barulho estridente faz eco pela casa.

- Obrigada pelos apontamentos, até amanha. - diz Spencer nervoso.
- Está tudo bem? - diz Amanda tentando espreitar para dentro da casa.
- Sim! * fecha a porta *

Amanda segue para casa e fica a pensar naquele beijo, no barulho que ouvira e no nervosismo de Spencer.
Agarrada ao seu boneco acaba por adormecer.

Depois de uma noite repleta de pesadelos e de imagens repentinas Amanda acorda.
- MÃÃÃÃÃÃEEEEEEEEEEEE ESTOU ATRASADISSIMA PORQUE NÃO ME ACORDASTE?!
- Eu tentei Amanda mas de nada valeu, espera come algo.
- Como na escola tenho que ir! * agarra na mochila e corre que nem um relampago *

Atrasada...
- Desculpe miss Broke, adormeci - disse Amanda
- Problema seu! - responde a professora Broke. - Ja tem falta!
- Spencer comece a ler.
(Spencer demora um pouco para tirar as suas coisas...)
- HOJE de preferencia!
- Calma miss Broke, não sei em que pagina vão.
- Ja devia ter perguntado seu insolente.

O olhar de Spencer muda completamente, este, partiu o lapis e espetou uma lasca em sua mão começando assim a deitar sangue.

- Vá à enfermaria! Já!

Spencer levanta-se e deixa cair discretamente um pequeno papel na mala de Miss Broke.

- Cate, pssst - chama Amanda - Lê esse papel *entregando o papel*

"  Dormi super mal :(  ontem o Spencer beijou-me (depois conto-te tudo amiga) estava sempre a sonhar com o nosso beijo mas de repente saia sangue da boca dele, depois ouvia um grito estranhissimo e uma mao de mulher toda ensaguentada e acordava, foi horrivel, almoças comigo para te contar pormenores? "

- Amanda, ó, almoço sim tens que me contar tudo - diz Cate baixinho.


CAPITULO III




Assim que toca para a tão desejada hora do almoço, Amanda sai disparada para gozar a sua temporaria liberdade, com Cate pela mão dirige-se assim ao refeitorio, senta-se e olha fixamente para Cate.

- Conta lá, vá, estás a deixar-me curiosa rapariga, conta-me tudo e não me escondas nada.
- Oh... *baloiçando a cadeira* Foi tão estranho Cate, beijou-me do nada, eu fiquei sem reacção, mas admito que gostei, e agora não consigo tirar isso da cabeça, mas o mais estranho foi como acabou.
- Como acabou o quê? 
- O beijo Cate, ouvi um barulho de casa dele, parecia sei lá o quê e ele do nada mudou completamente.
- Como assim?
- Ficou nervoso e bruto, só faltava empurrar-me para eu me ir embora.
- Vai na volta ficou timido com o beijo...
- Não pareceu... Hoje nem me fala.
- A stora foi brutal com ele, estava cá com uma azia.
- E a cara dele ficou tão estranha, ele até partiu o lapis.
- Pois foi.

(Rob aproxima-se)

- Então pitinhas? Está-se bem ó quê? - diz Rob
- Pira-te daqui Rob! - diz Amanda
- Mal educada! Viram o Bén?
- Ele é da tua turma tu é que o devias ter visto Rob - diz Cate
- Ele nao veio hoje.
- Que estranho, ele nunca falta.

Sem que pudessem aproveitar, toca para a entrada. Amanda e Cate despendem-se de Rob e seguem para a sua sala.
Quando chega a tão esperada hora da saída, Cate não pôde acompanhar Amanda, pois seus pais foram-na buscar para irem visitar a sua tia que se encontrava doente, sendo assim, Amanda teria que ir sozinha para casa.
Pois bem, phones nos ouvidos, e começa a caminhada.

** pensamento de Amanda **
Está mesmo escuro, credo, que ventania, o meu cabelo parece revoltado.
Fogo logo hoje a Cate tinha que me deixar na mão.
** fim de pensamento **

Amanda começa a ouvir passos atrás de si e começa a acelerar, quase como se estivesse correndo.
Os passos aproximavam-se cada vez mais, cheia de medo Amanda tenta avistar alguém nas redondezas mas nada vê além daquela misteriosa sombra, sem mais demoras Amanda sente uma mão firme pousar-lhe no ombro.

- AHHHHHHHHHHHHHH! - grita Amanda
- Ai que susto! Não é preciso gritar! - diz Spencer tirando o capuz da cabeça - Calma, sou só eu.
- *tremendo* Assustaste-me tanto, porque não disseste que eras tu? Parecias um maniaco atrás de mim!
- Quem te disse que não sou?
- Que parvoice, estás bom?
- Sim e tu?
- Assustada mas bem.
- Desculpa, a noite é algo muito assustador e o que não faltam ai são pessoas malucas. - diz Spencer com um sorriso misterioso
- Ahahah aqui? Nããã. Aqui não há nada disso.
- Não te impediu de ter medo.
- Pois não. - diz Amanda com um ar pensativo.

Sem sequer pedir autorização, Spencer agarra na mão de Amanda, o que faz com que apareça no pensamento de Amanda, assim de repente, como que um flashback, o sonho que tivera na noite anterior.

- Que se passa?
- Hãn? Nada.
- Ficaste com uma cara esquisita. - diz Spencer desconfiado.
- Não. Olha, já chegamos.
- Até amanha então Amanda.
- Até amanha.

Mais uma vez, sem dar tempo nenhum a Amanda, beija-a e sem pronunciar uma unica palavra, vira costas e entra em casa.

- AMANDAAAAAAAA! - gritava Thomas - Estás atrasada cara de batata!
- Já vou! - respondia Amanda. - Cara de batata é a tua tia! Alforreca! - gritava Amanda
- Ela também é tua tia! - gritava Thomas enquanto se ria
- E depois ? Tem mesmo cara de batata - comentava ela baixinho enquanto entrava em casa.
- Que dizes Amanda? Anda jantar que já está pronto.
- Nada mãe. Não tenho fome, vou descansar.

Amanda deita-se na cama com um sorrisinho apaixonado.
Amanda agarra em seu telemovel e vê uma mensagem de Cate.

" Amiga que seca, então está tudo bem? Olha tens noticias do Bén? "

Antes que Amanda pudesse responder, mais uma vez aparece aquela imagem do seu sonho seguindo-se assim uma tremenda dor de cabeça.

" O Spencer beijou-me outra vez, depois conto-te tudo, estou com uma dor de cabeça estranha mas esta tudo bem. Quanto ao Bén desde que o deixamos no centro de saude que nada sei dele, os pais so devem voltar lá para domingo e ele aproveitou a segunda feira para faltar devido àquele incidente aposto, mesmo assim vou-lhe ligar, depois digo-te algo, beijo "

E assim foi, Amanda, sem sucesso, ligou inumeras vezes a Bén sem que este atendesse ou desligasse a chamada sequer.

- Deve estar a dormir, vou seguir o seu exemplo. - desabafa Amanda - Estou exausta.

Amanda dormia profundamente, virando-se de um lado para o outro, sentido cada vez mais aquele sonho, vendo mais nitidamente o sonho que a assombrava à duas noites, exactamente igual, até que viu uma imagem repentina de uma mulher desfigurada coberta de sangue na janela que espreitava em sonhos e acordou.
Do nada seu telemovel toca, dezenas de mensagens entram despertando totalmente Amanda.
Amanda agarra no telemovel.

- 25 mensagens do Bén, por amor de Deus são 4 horas da manhã! Amanha já me vai ouvir.

Amanda abre as mensagens uma à uma, era uma mão cortada coberta de sangue, 23 mensagens iguais, com a mão coberta de sangue e toda cortada.
Enojada abre a 24ª mensagem de Bén

" vai uma mãozinha ?"

Amanda sorri ligeiramente mal disposta.

- Que brincadeira idiota!

Amanda abre a 25ª mensagem aparece Bén, com a boca cheia de sangue toda cozida, todo desfigurado sem uma mão.
Amanda em agonia grita, acordando assim a casa inteira.

- Amanda, querida, que foi?
- O... O... O telemovel... - chorava compulsivamente.

Seu pai agarra no telemovel...

"Operação terminada, 25 mensagens deletadas do teu telemóvel."


CAPITULO IV



- Não está aqui nada Amanda. - diz seu pai um pouco confuso
- Está pai eu vi! Juro que vi, eu não estou doida! O Bén mandou-me 25 mensagens, 23 delas eram uma mão cortada e cheia de sangue,  uma era ele a dizer " vai uma mãozinha ? " e a outra era ele, todo... sei lá, todo desfigurado com a boca cheia de sangue, por favor acreditem em mim, mãe tu acreditas em mim? - dizia Amanda desesperada
- Amanda, filha, pode ter sido só um sonho, e mesmo que não tivesse sido, deve ter sido só uma brincadeira, vai dormir filha, Amanha logo falas com ele na escola, boa noite. - diz Caroline
- Mãe, não, espera, mãe...
- Ate amanha Amanda. - disse sua mãe enquanto fechava a porta.

Amanda enrola-se em sua colcha e começa a ponderar o facto de ter sido tudo um sonho, tapa-se até à cabeça até que ouve seu telefone uma vez mais, manda o telemovel para o chão e agarrada à sua almofada adormece pela segunda vez naquela noite.
Na manha seguinte Amanda acorda, levanta-se e vai tomar o pequeno almoço sem pronunciar uma unica palavra. Prepara-se para ir para a escola, sai de casa e encontra Spencer à porta de sua casa, à espera.

- Que fazes aqui ?

Spencer baixa-se ligeiramente e encosta seus lábios aos dela, que a fez esquecer tudo o que passara na noite anterior.

- Spencer afinal que é isto? Somos amigos ou algo mais?
- Queres ser algo mais?
- Conhecemo-nos à tão pouco tempo e tu és tão estranho... *envergonhada*
- Estranho ? - pergunta Spencer com uma leve risada - Nem tu sabes o quanto, mas não respondeste à minha pergunta.
- Olha as horas! Vamos chegar atrasados!
- Não vamos descansa.
- Claro que vamos, falta 2 minutos para tocar.
- Calma.
- Anda Spencer.

 Agarrando Spencer pela mão, correm disparados até à escola, à porta da sua sala estava miss Jenna a funcionaria da escola rodeada de todos os colegas de Amanda.

- Que se passa? - pergunta Amanda
- Miss Broke não veio. - responde miss Jenna

**flashback de Amanda **
- Olha as horas! Vamos chegar atrasados!
- Não vamos descansa.
- Claro que vamos, falta 2 minutos para tocar.
- Calma.
** fim de flashback **

- Como sabias que não iamos ter aulas Spencer? - pergunta Amanda indignada
- Não sabia, foi mera coincidencia Amanda.
- Anda Amanda quero-te pedir uma coisa. - acrescenta Spencer
- Ok,  para onde?
- Vamos até ao parque.
- Aquele ao pé de nossas casas?
- Esse mesmo.
- É sombrio. - diz Amanda
- É perfeito. - diz Spencer
- Mas preciso muito de falar com a Cate.
- ESQUECE A CATE! - grita Spencer
- Não grites que me assustas.
- Desculpa.

Agarrando a mão de Amanda, caminham até o dito parque. Chegam e sentam-se um ao lado do outro num daqueles adoraveis bancos de jardim.

- Eu gosto de ti Amanda. Jamais te faria mal. - diz Spencer.
- Fazes mal a quem não gostas é? - diz Amanda soltando uma timida gargalhada
- Não...

Cate avista Amanda de longe e corre para ir ter com ela interrompendo a conversa

- Liguei-te duas vezes!
- Deixei o telemovel em casa.
- Olá Spencer. Então têm noticias de Bén?
- Olá Cate - diz Spencer irritado.
- Não, olha Spencer, eu vou com Cate para casa, preciso muito falar com ela, amanha acabamos esta conversa sim? *encostando seus lábios nos dele* 
- Ok - diz Spencer meio enraivecido

Afastando-se cada vez mais do angulo de visao de Spencer, Amanda conta tudo o que se sucedera na noite anterior a Cate chegando até a deitar algumas lagrimas. Cate, completamente céptica tentava consolar a amiga não demonstrando a sua falta de credibilidade na historia desta.
Chegando a casa de Amanda, abraçam-se, Amanda entra e Cate segue o seu caminho sozinha.
Assim que entra em casa.

- Já chegaste? Olha Amanda aproveita e deita-me isto no lixo. - pediu sua mãe
- Tudo eu, tudo eu, é incrivel.
- Sem reclamar se faz favor Amanda.

Amanda agarra nos sacos e dirige-se à rua, no curto caminho até ao caixote Amanda repara em algo brilhante no chão, deita o lixo no devido lugar e corre a ver o que é.

- Que pulseira LINDA! - diz Amanda - Mas parece que a conheço de algum lado * sorri * será de Cate?

Agarra na pulseira e entra em casa.
Cansada pela noite anterior depois de jantar, dirigiu-se directamente para a sua cama, enrolou-se nos seus lençois e adormeceu.
Atormentada pelos pesadelos das noites anteriores, mais uma vez Amanda virava-se e voltava-se a virar consumida pelas imagens, a tal mulher que aparecia de repente e as imagens de Bén, apareciam todas na mente de Amanda extremamente rapido até que Amanda encontrava-se agora numa pequena sala branca, ela não se via, mas sentia a sua propria presença. Olhou todos os cantos e apenas viu uma pequena mesa, sem nada em cima, voltou a olhar para todos os cantos dessa misteriosa sala tentava gritar mas nada se ouvia, sem perceber se estava sem voz ou surda Amanda exausta cai em cima de seus joelhos. Esta sala essa que parecia tirada de um filme antigo, ainda a preto e branco, nada via além daquela mesa, levantou-se e aproximou-se desta, vendo apenas a pulseira que antes tinha encontrado lá em cima, agarrou na pulseira e observou cada detalhe ate que ouviu uma pequena gota que ecoava naquela morbida sala, quando tirou os seus olhos da pulseira e endireitou a cabeça, viu uma porta que anteriormente não se encontrava ali.
Cautelosa e receosa, Amanda roda a maçaneta da porta e abre-a, do outro lado da porta apenas via luz até que sangue começou a escorrer vindo do outro lado da porta, apavorada Amanda gritou mas ninguem ouviu, Amanda chorava mas ninguem a auxiliou.
Do nada uma força extrema puxa Amanda quase que pelas entranhas para aquela sala, sem poder lutar Amanda entrou.
Desta vez, era uma sala normal, com a televisão acesa.
Levantou a cabeça e reparou em alguem.

- Miss Broke? - perguntou Amanda
- Queres saber quem é a proxima Amanda? - gargalhou Broke
- Han? - disse Amanda assustada

Uma forte luz ataca os olhos de Amanda que se protege pondo suas mãos à frente da vista.
Quando esta tira suas mãos dos olhos vê Broke sem braços, sem dentes, com o cranio aberto, vendo-se um pouco do seu cerebro por entre o sangue, cheia de sangue na boca toda roxa da sua morte.
Com um riso sinistro e com um olhar malefico Broke diz:

- A proxima vitima é...



CAPITULO V


Amanda transpirava das mãos, aterrorizada ela chorava com um desejo extremo de acordar.

- A proxima vitima é...
- Vitima de quem? Vitima de quê? - suplicava Amanda por respostas - Isto é só um sonho, isto é só um sonho!

Entretanto algo acontecera com Broke, sua voz sinistra mudara e tornara-se numa voz familiar a Amanda.

- Olá Amanda - dizia Broke
- Essa voz...Essa voz...- dizia Amanda entrando um profundo sentimento de desespero
- AMANDAAAAAAAA! - gritava Broke com voz de Thomas - Estás atrasada cara de batata.
- PÁRA, PÁRA! CALA-TE PÁRA!
- Cara de batata, cara de batata - dizia Broke com o seu sorriso doente enquanto brincava com os sentimentos de Amanda.
- Vais-me matar Amanda, vais ser tu, tu, TU! - brincava Broke mais um pouco
- NÃO!! - gritava Amanda.

Num acto de raiva, Amanda agarra num vaso que se encontrava à sua direita, e mandou àquela que em tempos parecera sua professora, mas que agora só parecia o demonio.
Num àpice Broke trepara até ao tecto e encontrava-se por cima de Amanda. Broke, virou seu pescoço até que ficasse com a cara de frente para Amanda.
Todos aqueles estalos dos ossos deixaram Amanda ainda mais desesperada, sem mais nada que esta pudesse fazer ou dizer ela encosta-se à porta põe a cabeça sobre seus joelhos e começa a baloiçar-se dizendo "isto é só um sonho, isto é só um sonho" e como todos os sonhos, esta acorda.
Destruida e cansada de todas as noites mal dormidas Amanda acorda em desespero.

- Porquê? Porquê? - pergunta-se ela - Estarei a perder o juizo? Que se passa comigo?

Nesse instante a porta de Amanda abre-se e num tom bastante alto Thomas diz:

- Wow sis, tive o sonho mais wierd de sempre. Hey, que tens? Porque choras?
- Um pesadelo nada mais, conta lá o teu sonho.
- Sonhei que tu eras uma sereal killer, daquelas com facas e tal que matavas o people todo
- Que idiota, sai daqui! - gritou Amanda
- Que foi que eu fiz cara de batata?
- NUNCA MAIS ME CHAMES ISSO ANORMAL! - berrava Amanda enquanto lhe mandava com pequenos objectos que tinha à mão.
- Isto só pode ser um pesadelo, é isso, um pesadelo, ainda não acordei!

Nisto Amanda, sem conseguir pegar no sono de novo e sabendo que faltava pouco tempo para o toque de entrada na escola, esta, despacha-se, liga a TV no noticiario da zona e vai tomar banho.
Quando Amanda volta com uma escova numa mão e o secador na outra olha para o noticiar.

"Samantha Broke foi ontem encontrava pelas 23:30 no seu apartamento completamente mutilada, os seus dentes e braços ainda não foram encontrados, a policia de Greenville está a investigar o caso..."

- SAMANTHA BROKE? MISS BROKE? NAO PODE SER!

Amanda despacha-se a vestir, agarra numa maça e corre até casa de Spencer e assim que este abre a porta ela explica-lhe que miss Broke tinha falecido, sem grande surpresa Spencer fecha a porta e ruma com ela para a escola. Assim que chegam Amanda agarra Cate e desaparece com Cate pela mão.
Sentam-se por trás da casinha do Gás e Amanda em lagrimas conta tudo do seu sonho, conta o que aconteceu, conta aquilo que Broke lhe tinha dito conta até que vira Broke sem dentes e braços.

- Será coincidencia Cate? Será possivel? Qual é a logica? - questiona Amanda
- Claro que é, só pode minha pequena, não penses mais nisso - disse Cate numa tentativa de acalmar a sua melhor amiga. - Eu vou estar sempre aqui.
- Eu sei. - dizia Amanda com as lagrimas nos olhos.
- Que pulseirinha é essa?
- Han? Hey, eu encontrei esta pulseira mas juro que não a meti só no...*com a voz tremendo* sonho.
- Lá te armaste em sonambula e a meteste enquanto dormias - solta uma leve gargalhada - Essa pulseira não era a pulseira que miss Broke tinha sempre na perna?
- Pois era... - dizia Amanda incrédula.

 Num ataque de furia, Amanda parte a pulseira, agarra na mão de Cate e saiem dali.
Amanda ao longe avista Spencer..

- SPENCEEEER - grita Amanda - ANDA CÁ!
- Ele é sinistro Amanda.
- Não digas isso Cate, eu gosto dele.
- Eu sei mas...
- Spencer, *beijando-o* então não vamos ter mais aulas o resto do periodo?
- O director disse que iriamos ter uma substituta assim que for possivel. Até lá, só vamos ter educaçao fisica.
- Brutal! - disse Amanda
- Bem, está ali o Rob vou ter com ele, sempre vamos juntas para casa Amanda?
- Sim claro.

Cate passa por Spencer e este manda-lhe o olhar mais assombroso que alguma vez Cate vira, tão assombroso que deixou Cate arrepiada.
Amanda agarra na mão de Spencer.

- Hoje vou à casa do Bén, avisa-lo da professora.
- Não vás.
- Porquê?
- Não gosto dele. - diz Spencer agarrando no braço de Amanda com uma certa brutalidade.
- Estás a magoar-me, ok não vou mas larga-me!
- Desculpa amor.
- Eu vou ter com Cate - diz Amanda desconfiada.
- Espera, desculpa-me!
- Ate amanhã Spencer.
- Hey Cate, espera por mim!

Enquanto iam para casa, Amanda combinara com Cate irem no dia seguinte ir à casa de Bén já tinham passado dias sem que este desse noticias e Amanda e Cate começavam a ficar preocupadas.
Rapidamente chegou a noite e antes de se ir deitar, Amanda espreitava pela janela para casa de Spencer, mas nem uma luz via.

- Deve estar a dormir, ele foi tão bruto comigo hoje. *suspirando de tristeza*

Amanda deita-se em sua grande cama de casal e adormece. Ao contrario dos outros dias não tinha um unico pesadelo, sonhou com comida, com Spencer, Cate e restantes amigos, num pic-nic fantastico mas mesmo assim Amanda acorda a meio da noite. Devagar, esta abre os olhos, e manda um gritou silencioso quando vê o corpo de Bén a seu lado. Uma pinga de sangue cai na sua testa, quando esta olha para cima vê Broke.

- Tinhas saudades do teu amiguinho? - diz Broke sorrindo.
- Tu não és real - diz Amanda empurrando o corpo inanimado de Bén para fora da cama
- E eu sou? - diz Bén com um riso sinistro.
- Não podes fugir, não te podes esconder, o segredo aqui é saberes escolher quem vai morrer. - dizem Broke e Bén num coro sinistro.
- Já sabes quem é o proximo Amanda, foste tu quem o escolheu - diz Broke gargalhando - Abre a gaveta Amanda, abre.

Amanda petrificada de medo, abre a gaveta e ao ver o que lá estava deita um lágrima gelada de terror.

- Não é possivel, estou a sonhar.
- Tudo é possivel - diz Bén gargalhando
- A culpa disto tudo é tua. 
- Minha? Não! Não fiz nada! - dizia Amanda entre lagrimas.
- Sabes quem me matou Amanda? - disse Broke num tom sério que rapidamente foi quebrado pelo seu sorriso mórbido.
- Quem? - perguntou Amanda.

CAPITULO VI


- TU. - responde Broke

Nisto Amanda é atacada por um enorme remoinho de imagens, de lembranças e com um grito estridente que esta ouvira em seu sonho, acorda.

- Eu? Como eu? OMG! - exclama Amanda - Estou a ficar doida, como é que ainda posso acreditar em sonhos? São só isso, sonhos.
- Amanda estás a falar com quem? - pergunta sua mãe.
- Ninguem mãe era a tv. - responde Amanda.
- Preciso que tomes conta da Andrea hoje, podes convidar a Cate para não ficares sozinha vou ficar o dia todo fora.
- Que vais fazer?
- Vou à casa da tia Rachel, bem sabes que desde que seu marido morreu que esta...eloqueceu, parece que agora decidiu matar os gatos todos que tinha, agarrou em facas e matou-os a todos, cortou os rabos e deixou-os lá pela casa toda, é sangue por todo o lado, o primo Bob pediu que eu fosse e não posso levar a Andrea comigo.
- Entendo. Vou ligar a Cate.

Assim, Caroline e seu marido fizeram-se à estrada. Cate aceitara o convite da amiga.
Cate passado 10 miseros minutos toca à campainha de Amanda.

- Demorei muito? - diz Cate com um sorriso no rosto
- Nada mesmo, entra, só estamos nós e a Andrea.
- Então mas não vamos a casa de Bén?
- Estou com a Andrea...- diz Amanda hesitante.

Cate percebeu de imediato que o que deixava Amanda de pé atras eram aqueles sonhos que esta tinha decidiu não insistir e entrou.
Rapidamente Cate pega em Andrea e dirige-se com Amanda para o quarto desta.
Amanda estava pálida, com grandes olheiras... Cate olhava-a com tristeza, em nada  parecia a Amanda que conhecera.
Parecia doente, com o olhar vazio...

- Voltou a acontecer sabes? - disse Amanda caindo no choro. - Não sei que se passa comigo Cate, estou a ficar desesperada, estarei a ficar louca? Que é isto afinal?

Cate apenas a abraça, acenava com a cabeça e a olhava com um tremendo olhar de pena. Amanda contava-lhe o seu mais recente sonho e Cate fazia o ar mais compreensivo que conseguia.
Antes que estas se apercebessem escurece.
Amanda aproxima-se da janela e olha para casa de Spencer.

- Não sei bem há quanto tempo ele está aqui a morar Cate, mas nunca consegui ver uma luz acesa.

Antes que Cate pudesse responder o telefone toca.

" Estou? Amanda? A tia está completamente doida vou passar cá a noite encomenda uma pizza e toma bem conta da Andrea está bem filha? Adeus, dorme bem, qualquer coisa tens o meu numero"

- Cate, faz-me um favor. Fica com a Andrea um minuto eu volto já.
- Que vais fazer? - diz Cate preocupada
- Pensa Cate, tudo começou com o Bén, aquela queda que ele deu depois de supostamente ter visto aquela imagem...
- Sim ...
- Depois disso nunca mais o vimos...
- Onde queres chegar?
- As imagens que eu vi, os sonhos, as mensagens que desapareceram do meu telemovel, foi o Bén...
- Achas que a culpa foi dele?
- Acho que começou nele! - diz Amanda decidida
- Pois eu acho que *aproximando-se da janela* há algo de muito estranho no Spencer...
- NO SPENCER?! Não Amanda, ele é só diferente...
- Amanda, pensa, estas coisas estranhas, estas mortes... aconteceu tudo depois da chegada dele...
- NÃO CATE!
- Isto era tudo super pacifico até...
- Eu gosto dele!
- E quê Amanda?!
- E eu vou até à casa do Bén.
- É tarde!
- Liga à tua mãe pede para dormir aqui e faz-me esse favor, por favor, pela minha sanidade mental, pela minha saude, faz-me esse favor, peço-te por tudo.
- Amanda...
- Suplico-te. Eu venho já, eu levo o telemovel falamos por mensagem.
- Está certo.- diz Cate pouco convencida - Toma cuidado contigo Amanda
- Sim Cate prometo.

Depois da chamada feita e depois da autorização dada, Amanda beija Andrea na testa, olha para Cate, mete o telemóvel no bolso e sai porta fora.
Olha para casa de Spencer e mais uma vez vê tudo apagado.
E segue até casa de Bén.
15 minutos de caminho, por entre arvores e descampados numa escuridão imensa, Amanda, encontra-se finalmente frente a frente com o portao de Bén, suspira e decide entrar.
Entra do portão para dentro, espreita para a janela mais proxima, cheia de pó e vê tudo escuro.

** pensamento de Amanda **
- Está tarde, pode estar a dormir...
** fim do pensamento de Amanda**


- Bén?  É a Amanda! - diz Amanda enquanto bate gentilmente na porta

A porta abre-se chiando e assustando Amanda.
Esta espreita para dentro da casa e chama uma vez mais por Bén e uma vez mais não obteve resposta.
Num acto de coragem dá um passo em direcçao ao corredor e a porta fecha-se atrás de si.

- Foi a corrente de ar...- diz Amanda a tentar mentalizar-se

Dá mais um passo em direcção ao interruptor da luz e pisa em algo

- MIAAAAAAAAAAAAAAAU. - ouve Amanda 
- Butterfly, desculpa ! Desculpa ! - diz Amanda agaixando-se às escuras tentando por a mão no gato que ela tão bem conhecera.
- Que é isto? - diz Amanda sentido algo molhado em cima do pequeno gato, agarra no telemovel que tinha uma pequena laterna e ilumina o chão.

Amanda ficou petrificada ao ver o gato no chão, sem cabeça partido ao meio, desesperada tenta chegar à porta mas tropeça nas entranhas de Butterfly, Ensaguentada com o sangue do animal Amanda levanta-se tentando sair a correr de casa de Bén, mas a porta simplesmente não abria, Amanda gritava, sufocava com o medo até que se fez silencio.
Calmamente, como se fosse outra pessoa, Amanda agarrou no telemovel e com a pequena lanterna chegou à luz do corredor, acendeu-a. Era aquelas luzes fracas, azuladas, daquelas economicas.
Amanda, roda em seus pés quase que num passo de dança e olha à sua volta.
Vê sangue por todo o lado, Amanda sorri.

- Eu já vi isto.

Segue até à sala e vê Bén coberto de sangue, a maior parte já seco, estava morto à seculos.
Calmamente Amanda agarra no telemovel.

"- 911 emergency, em que posso ajudar?"
"- Queria reportar um homicidio"
"- Diga-me a morada por favor"
"- Greenville, lote 2132"
"- O seu nome por favor?"
"- Bip, bip, bip...Chamada finalizada"

CAPITULO VII


Uma vez mais, Amanda rodopia entre pequenas poças de sangue, dirige-se à casa-de-banho e olha para o seu reflexo.

- O sangue agora não sai. - diz Amanda fazendo caretas em frente ao espelho. - Manchei a minha camisola preferida, tristeza, tudo para ver aquilo que eu já tinha visto.

Amanda lavou a cara, ajeitou o cabelo e ouvindo carros à porta e o respectivo barulho ensurdecedor das sirenes de carros da policia, Amanda saiu daquele transe assustador, encostou-se à parede da casa de banho e deixou-se cair. Colocou sua cabeça por cima de seus joelhos e lembrando-se de tudo o que tinha feito e do que tinha dito desde que chegou a casa de Bén, caiu num choro profundo.

- ARROMBEM A PORTA - disse o policia Jeff, o mais velho policia de Greenville
- 1,2,3 ... PUM - fez o barulho da porta a cair.
- Estou a ouvir alguma coisa Jeff - disse o outro policia
- Ali, olha, na casa de banho... Amanda? És tu? - disse Jeff

Jeff conhecia Amanda desde que esta nascera, é inclusivé padrinho de Josh.
Jeff agarrou em Amanda e levou-a para casa.

- Amanda vais ter que apresentar declarações amanha.
- Desconfiam de mim ? - diz Amanda chorando
- Claro que não. Apenas precisamos que nos esclareças o que foste lá fazer.
- Certo.
- Descansa agora, foi uma longa noite.

Amanda entra em casa sorrateiramente, vê Cate e Andrea a dormir no sofá, procura uma manta e cobre-as.
Sobe as escadas, abre a porta da casa de banho, abre as torneiras da banheira e prepara-se para um banho relaxante, olha-se ao espelho uma vez mais, e repara numa linha negra no seu olho esquerdo, esfrega o olho, mas não desaparece.

- Isto não estava aqui ontem - sorri.
- Onde é que pus o gel de banho?

Amanda baixa-se para agarrar no gel e quando volta a olhar para o espelho vem a imagem dela a apodrecer.
Amanda sorri.

-Já estive mais bonita. - diz Amanda soltando uma gargalhada sinistra.
- No fundo sei que isto é apenas um sonho, e que os sonhos, se tornam realidade one day. - sorri
- Já estive mais longe, já falta pouco.
- Já falta pouco para o quê Amanda? - diz Cate
- Para o pesadelo acabar.

Num unico gesto, Amanda manda-se para trás ficando totalmente debaixo de agua, Cate apenas olhava, e reprovava o que Amanda estava a fazer.

- Que brincadeira parva Amanda, deixa-te disso.

Cate olha para Amanda, e pela primeira vez começou a ficar assustada, tentou puxar Amanda para cima mas nao conseguia, parecia que Amanda estava a ser puxada para baixo.
Amanda lutava enquanto se afogava e Cate tentava ajudar Amanda.
Quando finalmente Cate consegue puxar Amanda para a superficie da agua Amanda já não respirava.
Cate gritou, chorou e encostou-se, olhando para a banheira, assustada.
Cate uma vez mais aproxima-se da banheira, viu assim, Amanda, estendida, debaixo de agua, morta.
Quando se aproximou um pouco mais, Amanda abre os olhos, completamente negros, agarra no pescoço e aperta, mas aperta com tanta força que o pescoço de Cate parte-se, cabeça para um lado, corpo para o outro e Amanda sorri e olha para a sua mão coberta de sangue.

- Eu disse que o pesadelo ia acabar.

A luz apaga-se e apenas a luz da lua cheia iluminava aquela modesta casa de banho, Amanda continuava a tomar banho, desta vez, em sangue.
Quando olha para o corpo inanimado de Cate vê Broke e vê Bén, a alimentarem-se dela.

- Fecha-lhe os olhos Bén, estou farta que olhe para mim - dizia Amanda

Bén numa brincadeira agarra na cabeça de Cate pelos cabelos e aproxima de Amanda.
Amanda fixa-se nos olhos de Cate e acorda.
Era tudo um sonho.
Amanda estava ainda na casa de Bén, às escuras, coberta de sangue, com o telemovel com a lanterna ligada iluminando apenas a cara deformada de Bén.

(to be continued...)














1 comentário: